domingo, 21 de novembro de 2010

Por que Supernatural está falindo?

Definitivamente não gostei de Supernatural logo de cara. Pra mim, obviamente era uma série bobinha, pra jovens bobinhos que gostam de filmes de terror com adolescentes morrendo à esmo. Por duas temporadas inteiras eu super desdenhei a série, até pensando: po que cocô, POR QUE TEM GENTE QUE VÊ ISSO?

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Mas aí a série começou a ser passada no SBT, nas madrugadas… lembram? E eu, em minhas insônias constantes, comecei a assistir por pura falta de TV à cabo. E olha… eu vi que estava errada. Supernatural é uma série bobinha sim, tem os aspectos que agradam os jovens que só vêem por causa dos filmes de terror com adolescentes morrendo, MAS: é uma série que tem temas mais densos. Família, irmãos, diferenças… sem contar que a química entre os dois protagonistas é tão grande que até as atuações pareciam melhorar, tudo ficava mais crível. Por um tempo eu continuei a não dar tanta importância, só reconheci meu erro e assistia de vez em quando até dormir… mas a partir da 4º temporada meu interesse aumentou depois que uma amiguinha me avisou que anjos e Apocalipse tinham virado o tema – e eu, pessoalmente, acho esse o tema mais tchanz do universo.

Pelo que eu tinha entendido (e porque eu sou super metódica, meio com TOC e chata), precisava ver a série inteira, todas as temporadas até então, os episódios em ordem e não dublados para conseguir entender qual era a do Apocalipse. Baixei tudo, assisti direto e, quando acabou o processo, eu já era do fandom. Que série supimpa! Ficou claro uma trajetória entre temporadas, um arco maior que o arco entre os 24 episódios, e isso me fez adorar a série. Não importava somente o que tinha que ser resolvido durante um temporada, mas sim todo um aspecto maior – todos os detalhes durante os 5 anos para a preparação, o próprio e o final do Apocalipse. Mas o que me deixou mais animada ainda foi ver que transcendia o simples enredo: havia uma crescente entre os personagens, que saem do “já não temos nada em comum, estamos afastados há tempo demais” na 1ª temporada ao “eu me sacrifico por você porque você é minha família” na 3ª, e, ao final da 5ª temporada, o gran finale do impedimento do fim do mundo, criou-se ainda um outro ponto alcançado: “há coisas maiores que nossa própria família pela qual devemos nos sacrificar”.

Estava tudo lindo, muito bem trabalhado, todos os aspectos interessantes muito bem expostos e os bobinhos sendo deixados de lado. Aí veio a 6ª temporada.

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Já era difícil imaginar que a série teria uma continuidade por causa da dificuldade de se evoluir depois que o “fim do mundo” quase aconteceu. O que poderia ser pior, não é? Mas como já foi dito, a série nunca foi somente sobre isso. Havia a relação, os temas mais complexos. Disseram aos fãs que nesta temporada isso seria retomado… mas não é exatamente isso que está acontecendo.

Durante os nove episódios apresentados até então, o que se viu foi uma bagunça. O verdadeiro questionamento da temporada ainda não apareceu: é a guerra no céu? É o fato do Sam não estar com sua alma? É o Crowley ter virado o rei do inferno? São as armas santas roubadas? É o Dean indeciso sobre sua Lisa querida? Não há um foco, nem o interesse em tornar o arco organizado. Tudo bem: esse caos poderia sim funcionar se cada pequena parte da estrutura, os episódios, fossem objetivos e cuidadosos. Mas dentro de cada episódio o que se vê é um roteiro ainda mais confuso, uma direção mal trabalhada – e a falta disso deixa tudo mais difícil de se acreditar, o que afeta até mesmo a química entre os personagens, conseqüentemente as atuações, e a credibilidade despenca.

Já é difícil aceitar naturalmente que há monstros por aí e um grupo de gente que somente por boa vontade, por nenhum motivo realmente válido e prático, luta contra eles. Para mim, o que segurava a série a não cair no ridículo era exatamente o extremo cuidado com todos os menores aspectos – mas agora isso foi deixado de lado. Talvez porque houve uma confiança total nos fãs – que, vou ticontá, às vezes só reclamam, às vezes são cegos. Não vou negar, eu mesma só continuo a assistir porque já tenho carinho por essa gente aí. Sam, Dean, Bobby e Castiel moram no meu coraçãozinho, se tivesse grana pagava para ir na Convenção que vai ter ano que vem e tudo mais. Mas não dá pra não ver a queda brusca da qualidade da série.

SUPERNATURAL

Eu quero o melhor para Supernatural, sim. Eu já sei que é uma série que tem um potencial enorme. Falar de monstros mas falar de nós mesmos, falar daqueles personagens. Já há uma empatia tremenda com Sam, Dean, etcs; é tudo favorável. O que a mocinha, Sara Gamble, precisa entender é: há os fãs cegos sim, mas há os que enxergam. Os que vão se decepcionar com descaso. Não estou de má vontade com a série, como muitos dizem aí, que todo mundo que reclama que a série deveria ter acabado na 5ª temporada não consegue enxergar pontos positivos nessa. Nem é isso. Pelo contrário… eu quero que a série se encontre, arranje uma maneira de colocar mais conflitos internos dentro de cada um dos personagens e contraponha tudo isso ao universo dos monstros, do céu e do inferno.

E eu tenho boa vontade! Cada novo episódio eu baixo, espero as legendas, dedico um tempo da minha vida pra assistir concentrada – mas o que eu vejo não satisfaz mesmo. Por exemplo, fico triste ao ver que um personagem tão “maltratado pela vida” como o Dean não tenha espaço para sofrer na tela. Quando sofre, é ridículo – o roteiro, falta de cuidado na direção e até o contexto da narrativa deixam tudo vergonhoso. Já o Sam – Jared Padalecki, na verdade – nunca foi o que atua melhor, mas essa história de falta de alma tem dois pontos bem delicados: ao mesmo tempo colabora pra isso, afinal, ele nem pode ser muito expressivo, também parece explicitar essa falha. E os personagens “secundários”… bom, ora são muletas, ora tem um foco desnecessário. Bobby teve um episódio inteiro para si, mas houve algo além disso? Foi algo completamente deslocado. Castiel é jogado de lá para cá sem o menor cuidado, o que o torna sempre deslocado nas cenas – e é geral a idéia de que o Misha Collins mandou tão bem que o personagem cresceu sozinho. Por que não usar disso?

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Enfim, eu queria concluir esse post fazendo um breve comentário sobre cada um dos episódios apresentados até então pra justificar tudo isso que eu acabei de dizer, mas é muita coisa pra um post só (e bateu aquela preguiça delícia!). Talvez eu faça amanhã, talvez não… mas né? A opinião já está aí.

Supernatural: por favor, não vá para a falência! ;__;

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Esmaltes: nem sou doida, magina.

Variando o tema daqui um pouco? Será este o post do mês? Hm.

Há pouco mais de um ano atrás, começava uma história meio maluca da minha parte. De uma menina completamente anti-futilidades eu virei quase uma patty. :O

Pois bem, a culpa disso tudo é deles: os esmaltes. Desde sempre eu gostei dos vidrinhos coloridos, mas mamãe não queria e nem deixava eu usar - e ela mesma também achava uma futilidade sem tamanho. Mesmo assim, eu guardava o dinheiro do lanche e comprava as marcas mais baratinhas – mas só cores clarinhas pra ninguém notar que eu tava com algo nazunha, tsc.

DAÍ veio a adolescência, eu fui pro lado negro da força. Fui quase uma feminista, eu super era a Britta de Community. As pattys me odiavam, vivia andando com os meninos mas… ainda tinha guardadinho lá no fundo essa fixação toda. E ficou guardadinho.

Até ano passado.

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olha o Cosmo fazendo a festa em uma das minhas caixinhas

Hoje minha coleçãozinha de vidros coloridos tem mais de SEIS centenas. ANALISE COLEGA. Sou anormal? Provavelmente. Passei dos limites? Ô. Com o dinheiro gasto poderia ter comprado um Wii? Ahrm… nunca fiz as contas e nem farei.

Mas é meu hobby, fazer o que. Essas colas coloridas pra unha me aliviam o estresse, acalmam o desespero e quem me conhece sabe que eu TO PRECISANDO. E não vai ser logo que isso tudo vai acabar… nada como cheirar acetona, formaldeído e tolueno pra dar aquela relaxada.

A questão é que de repente, o mundo todo virou fanático por esmaltes. E lançam coleções atrás de coleções cheias de cores fofuxas e histéricas, glitterosas e de vó. E eu quero todas. Porque, já está claro, sou doida :D

Não sei se agradeço essa iniciativa e interesse das marcas em lançarem cores novas e legais ou se digo “PÁRA MOÇO, PÁRA PELAMORDIDEUZ!”. Assim, de cor mesmo já temos tudo. O que varia agora são os tons. E levanta a mão que acha que a Tatah é perfeccionista pra tons de cores? o/

Se eu fosse relapsa – e não tão chatinha (té parece) – tinha, com certeza, parado nos 100 esmaltes. É possível ter 100 cores diferentes com vários tipos de cobertura e nunca passar vontade de novidades. Mas né, isso se você quer ter a maior variedade de esmaltes sem ser totalmente psicótica. Eu sou um caso clínico, mas assumo que é difícil pra qualquer uma que se vicia na acetona de todo dia. Enfim.

flickrum flickr só pra mostrar unhas… TSC

O que importa é que eu resolvi registrar aqui que, mesmo tendo ido na Aliança do Esmalte em que ganhei uma porrada de esmaltes; mesmo tendo seis centenas de vidrinhos; mesmo tendo comprado mais alguns semana passada… eu quero os lançamentos. E o Dia da Árvore está chegando, colega (meu aniversário, pra você que ainda não tem essa informação valiosa)! Então, até pra me organizar no que comprar, resolvi deixar em algum lugar uma lista com todas as cores que NECESSITO.

HITS SPECIALLITÁ
- Sol
- Refresco
- Férias
- Caipirinha
- Água de Côco
- Chá Gelado
- Manacá
- Gelatina
- Praia
- Sorvete

MOHDA
- Macaquinho
- Salto Alto
- Rasteirinha
- Tomara que Caia

ELIANA FASHION CHROME
- Supreme
- Evolution

DOTE
- HOLOS!!!

ANA HICKMANN
- Axé
- Forró
(Talvez: Samba, Rock,
Hip Hop e Bellini)

LA POGEE
- Afrodite

RIVKA
- Valentina
- Lara
- Julia
- Mayra
- Rebeca
- Manuela
- HOLOS!!

Ok, agora pára de fazer esse olhar aí que diz “creeeedo como ela é manííaacaaa que horroooorrrr”, TÁÁ. MEDEXA COM MEUS VIDRO

Oras.

E, bom, pelo menos, se nada mais der certo na vida, viro manicure – nada, tenho nojo da unha alheia. Ui. Nem isso rola.

A que ponto cheguei. Tsc tsc tsc.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Modern Family e meus comentários extensos e desnecessários que chegam a lugar nenhum - assim como este título

Dane-se, virou um blog praticamente só de séries. Tsc. E com posts complexos e longos, TI PREPARA GURI! Provavelmente falei bastante besteira ae haha.

Bom, estou numa maratona pra ver todas as séries indicadas às principais categorias do Emmy este ano, e como minha cabeça anda muito entulhada pra absorver Breaking Bad em sua totalidade, fui atrás das séries de comédia.

Não tinha lido nada a respeito de nenhuma das que ainda me faltavam ver, então escolhi por nome. Modern Family parecia RUIM. Juro. Escolhi esta porque realmente achei que seria fácil criticar. Mas qual foi minha surpresa hein?

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Sinopse: a vida de três famílias aparentemente distintas mas que, por uma ligação ou outra, formam o que se pode chamar “a grande família” anglo-saxã atual.

O que chamou minha atenção na série não foi o estilo mockumentary da coisa. Já estava acostumada com isso desde The Office, e aliás, é deste formato que eu tiro uma das poucas críticas. Exemplo: é interessante a idéia de começar os episódios com uma pergunta repetida pelos personagens, cuja resposta dará o tema do episódio e o discurso final de “moral”. Porém, taí também um dos pontos negativos: ter um discurso super moral. Mas entendo.

Pelo pouco que eu sei, o tema familiar nunca foi exatamente bem tratado pelos americanos. Por aqui nós já estamos cansados, exaustos e completamente esgotados de tantas novelas melodramáticas e abordagens diferentes no cinema e em vários tipos de programas de TV. Na América Latina, a indústria de entretenimento tem uma visão voltada para a família, seja por comédia, drama, melodrama, etc. Por lá não é bem assim. Esse tema geralmente aparece de forma superficial, e as poucas tentativas mais sérias que conseguem algum bom resultado (como, por exemplo, Beleza Americana), ganham prêmios.

Aqui temos um desses casos: parece que finalmente o americano consegue tirar um sarro da sua própria estrutura familiar sem perder a mão ou para a total superficialidade (mas quase hein) ou para uma abordagem muito grotesca. O jeito de pesar isso na balança? Ao mesmo tempo que não poupa em verdades e nem em clichês quase preconceituosos (porém hilários), termina todo episódio com uma bonita mensagem moral.

Não que seja ruim, como eu disse acima: entendo. Bate e assopra, dá uma agulhadinha e põe curativo. Na verdade, é isso que eu admiro nos produtores de lá, sempre sedentos por dólares: eles entendem que o tema ainda é muito cru pra ser exposto logo de cara, então sabem dosar o que é bom, o que vai só chocar e o que vai “vender”. Por aqui… os caras não sabem fazer série, criam ou algo metido demais pro grande público comprar ou ruim demais pro público interessado. francamente –caham
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Mas, enfim. A dosagem é boa. Os clichês são muito bem feitos, os personagens são muito bem trabalhados e as atuações são excelentes. O que é o gordinho Manny, um garotinho de 11 anos com idade mental de 30? A filha inteligente, que odeia a filha bonita, e o filho bobão? O avô divorciado que se casou com uma beldade colombiana – aliás, a melhor atuação da série! Não consigo enxergar a atriz (talvez seja ela mesma hein, afinal, ela é colombiana haha). Talvez Sophia só perca na atuação para Cameron, o gay gorducho super estereotipado, afetado e coração mole que, junto de Mitchell – o gay meio rancoroso, adotam a pequena vietnamita Lilly. Todos são caricaturas extremamente puxadas, mas ainda assim, muito bem feitos heh.

Minha única ressalva é com o tradicional pai bobão de família.

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Phil é, com toda certeza, um personagem MUITO “inspirado” no Michael Scott, de The Office. Mas assim, tão MUITO '”inspirado” que incomoda. Não dá. Muitas vezes me peguei assistindo a série, ouvido uma frase – ou até notando a maneira de atuar do cara – e pensando… “hum, isso é muito Michael Scott”. Falas inteiras, jeito de pensar, tudo. Nesse ponto eu realmente não tenho como defender: não dá pra uma série querer vir com quase o mesmo estilo de mockumentary que uma “adversária”, um tipo de humor “britânico/constrangedor” também bem semelhante e um personagem praticamente CLONADO. Num pódi.

Enfim, apesar disso, vale a pena ver Modern Family. É simpática, é legal, é algo novo por lá. E como aqui já estamos acostumados mesmo com o tema… né?

Custa nada. só tempo, paciência, banda de download, etc

(mesmo assim, não vai levar o Emmy, ctzz. tsc)

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Pretty Little Liars – 1x01 (ou: worst pilot ever)

Eu não queria voltar aqui para falar de séries diretaço, já que desde o início eu queria que este fosse um blog bem randômico. Mas não dá, gente.

Tenham noção que são 4 da manhã agora, hora que começo esse post, e eu tive que vir aqui, pois acabei de assistir o piloto dessa série (que por algum estranhíssimo motivo) anda fazendo certo sucesso: Pretty Little Liars.

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Quando me contaram sobre o que era, considerei o plot bobinho-legalzinho. Levei em conta que é uma série da ABC Family, e já me imaginei assistindo um Kyle XY da vida (ou seja, uma série monguinha para adolescentes puritanos). Teoricamente já tenho uma série desse tipo na minha watchlist, a mongamente simpática Merlin, mas eu nem tenho tanta série pra assistir (magina), qual seria o problema né mes?

Ô, quanto problema. Eu nem ia comentar essa série, juro, mas foram tantos furos ao longo do episódio que não me contive em pegar o bloquinho e anotar os piores tópicos. Se quiser saber, só ler abaixo. Qualquer coisa, pula pro parágrafo que começa com o “enfim” de toda vida.

1) Suspense.
PAI_POST
Quando me contaram o plot, disseram: “envolve o assassinato de uma de cinco amigas que compartilham os mais variados segredos”. Achei interessante… e, no meu pobre cérebro, assassinato indesvendável e muitos segredos é sinônimo de suspense. Mas alguém esqueceu de avisar aos roteiristas da relação entre essas coisas.

Só para dar um exemplo, vejamos o pai da protagonista. Logo no início já jogam na nossa cara que ele teve um caso e a filha sabe. E ficam insistindo nisso ao longo do episódio, como se toda a audiência fosse burra e não tivesse entendido no primeiro momento. São falas cheias de insinuações, papai escorregando no discurso com a mamãe, protagonista meio “de cara”, até rolar um FLASHBACK mostrando a cena. Poxa vida, acho que todo mundo entendeu na PRIMEIRA fala.

Desse jeito não vai sobrar nenhuma ponta no roteiro para os outros episódios.

2) Personagens inconstantes.
PERSONAGENS_POST
Nada me irrita mais que a vida, em qualquer narrativa que seja, do que personagens mal trabalhados. E aqui parece que todos sofrem deste mal.

A protagonista é uma pretty little biatche, já que agarra o primeiro estranho que deu mole no bar – e logo no primeiro dia de volta de uma loonga viagem. Mas ela é boazinha e não tem mais nenhum segredo. Oi?

A amiga super certinha na realidade é uma traidora constante de sua irmã cretina. Espera, isso até pode ser, mas a maneira como foi trabalhado – a atuação, a construção da personagem – transformam a coitada em uma esquizofrênica: em um momento, toda certinha, trabalhadora e honesta; em outro, vestindo seu biquiní fatal, tenta agarrar todos os namorados da irmã. Gente, qual a motivação? Não pode ser só por causa da cretinisse da irmã. Até porque, ela não parecia ser tanto antes de se mudar com o namorado para o tal celeiro. Cmofas?

E, o último exemplo, a mãe da ladra cleptomaníaca: em um momento, toda “somos nós duas, seu pai me abandonou e somos só mãe e filha, faço tudo para você”. Em outro momento, outra pretty little biatche que chega sendo comida pela homarada em casa, sem nem perceber que a filhota está deprê pela amiga morta. Ohmy.



3) Pedofilia??  
PEDOFILO_POST
É sério que aquele professor no bar achou que aquela garotinha com cara de fralda era DIMAIOR??

Tá mais que na cara que a menina era infante, visto que estava no bar às 4h da tarde e pediu um cheesburguer pro tiozinho no balcão. E ele? O que fazia no bar a essa hora já enchendo a cara de caipiroskas? Pedófilo e bebum?

4) A fã de Beyoncé: WTF!?
BEYONCE_POST

Olha. Essa aqui é tão inconstante que mereceu um tópico inteiro.

Primeiro: fã de Beyoncé. Sem mais.

Segundo: Em um momento, ela pega a medalha que está em cima de uma caixa jogada na rua, no lixo, e mergulha na saudade pela amiga morta/desaparecida. No segundo momento, está curtindo um baseado com a estranha que jogou aquelas memórias na rua. Oi?

Terceiro: Não basta ser amiguinha da mais nova estranha do bairro, já tem que rolar beijo. Como assim? Mas é lésbica? E a estranha tem namorado, comofas? Tudo bem ser BI, mas alguém podia ter colocado essa informação em pauta antes dessa cena né.

5) Clichê.
Famílias de mudança. Sem mais.

6) Melhor polícia X Pior polícia.
CADEIA_POST 
Então, tudo bem. Temos duas cleptomaníacas no grupo, que curtem enganar os PIORES seguranças de lojas caras para ter óculos Prada e cachecóis sem graça. Só aqui já tem um absurdo.

Mas, agora… um detetive da polícia bater na casa da menina altas horas da noite só por causa de um óculos… Tudo bem ser um Prada de $350, mas foi eficiente demais hein?

Do outro lado, uma menina desaparecida que demora 1 ano para ser encontrada por acaso nas escavações de uma obra. Jura?

7) A pior cidade do mundo.
Não foi uma, nem duas vezes que ouvi isso neste episódio: todos os personagens parecem discontentes em morar em Redwood -  a pior cidade pequena do universo!

Poxa vida, todos parecem ter uma boa grana, qual o problema em se mudar? E pelo menos, para a protagonista, nem é difícil – já que passar as férias na Islândia não parece o mais modesto dos passeios. Aliás, minha legenda estava errada e eu não prestei atenção, mas ela ficou UM ANO fora? Como pode? Ela não teria perdido um ano escolar? Estaria uma turma atrasada, e as amigas? Ih.

 

Enfim, seja por todos estes tópicos ou a vergonha alheia pelo final (a mensagem de Allison e o detetive em busca da verdade), ainda procuro o motivo da série fazer esse sucesso. Ela é fraca demais em plot, e não tem as melhores personagens.. qual é então?

Seria o FRACO suspense de quem estaria mandando as mensagens para elas? Mas olha, eu que sou ruim disso já sei que foi a tal Jenna, a cega que até em flashback apareceu… (só pode ser ela, né). Se não for ela, a resposta será pior que tudo isso junto.

Que droga. Terei que ver mais episódios pra descobrir.

Sérião. Queria entender essa juventude, mas assim fica difícil.

 

(E eu prometo: o próximo post não vai demorar um mês, não será tão longo e não será sobre séries. Bora empolgar e acreditar, a fé move montanhas!)

quarta-feira, 16 de junho de 2010

“True Blood” e “Na Forma da Lei”

Duas séries com episódios UM esta semana chamaram a minha atençãozinha. Essas duas coisas praticamente opostas que estão no título me fizeram vir aqui fazer mais um post neste blog premeditadamente (?) falido.

Falemos primeiramente da mais virgenzinha, a que DEBUTOU nesta terça-feira em que o Brasil resolveu seguir meu palpite pro bolão fictício e quase perder da #PRK em 2 a 1: Na Forma da Lei.

garciacanastra
to gatz #NOT

Mano, uma série que consegue embarangar o Henri Castelli de terno não merece respeito. Não bastava a abertura ridícula, imitandinho séries americanas de “justiça”; a cena inicial, que teoriamente é o mote de toda a história – o assassinato do noivo da Ana Paula Arósio –, simplesmente é a coisa mais mal dirigida da história, com o roteiro mais fraco já visto e o timing de uma novela das 7 (opa Tempos Modernos! e o ibope?).

Se não fosse o suficiente, Luana Piovanni quer ser a Lara Croft versão delegada (tranças estão tão na moda assim?), os cenários são absurdamente irreais e tem o problema das câmeras. A Globo não entende que, em uma série, o setup de câmera (ou seja, a posição dela no cenário) não precisa seguir os mesmos das novelas – que por acaso são totalmente standard por serem práticos e rápidos. Não há ousadia nenhuma em enquadramentos, apenas o famoso câmera no tripé com lente telada e muito raramente uma fraca câmera na mão pra imitar Cidade de Deus.

E tudo isso regado ao sorrisinho maroto de Marcio Garcia.

REFLITÄÄÄOOMM

Pra salvar a semana do um, os vampiros safados voltaram com tudo na HBO. Esse episódio tem nome: Bad Blood.

Aliás, é incrível o que essa série consegue fazer. True Blood nunca falou somente de vampiros, monstrinhos e sexo. Sutilmente (ou nem tanto) falou muito de fanatismo, política e o preconceito em si. Pois ela cutuca a ferida não só no texto, subtexto e adjacentes: o modo de fazer é mais uma repetição (e mesmo assim pouca gente enxerga ou tem essa leitura).

Na primeira temporada, o sexo – as cenas explícitas no início mostravam porque o “V” era um líquido tão precioso para os viciados e como a libido é a arma fatal dos vampiros. Na segunda temporada, a hipocrisia do fanatismo religioso (as igrejas bem iluminadas, os pastores arrumadinhos) foi colocada diametralmente oposta à loucura fanática de Maryann (nas orgias noturnas e sujas nas florestas), mas tematicamente caminhavam de mãos dadas. Agora, com o preconceito, não há pudores em cenas homoeróticas e homens nus belamente fotografados. Alan Ball deve ter notado (assim como eu né gente) que só mulheres são fotografadas como deusas na história dessa humanidade. Os homens, pelo jeito, terão sua vez AFINAL.

ALELUIIIIAAAAAAAA #benzadeus

bunda
sem preconceito com bundas masculinas na tv! UHUL

Como deu pra notar, desta vez a pegada é o preconceito racial, seja branco com preto com vampiro com lobisomem com TRANSMORFO (oi?).

As dicas foram tão claras que deu nos nervos. Tara discutindo com Marlene sobre ser negra; Sam tendo um sonho homoerótico com Bill; homens chupando Bill inteirinho pelo “V”; Sookie tirando uma com Pam, a lésbica safada; muito corpo masculino nu e lobisomens preconceituosos pra cima do vampiro Bill no Mississipi. Tem dica maior que essa última? Um dos estados sulistas mais racistas na década de 40-50 (na real, até hoje)? Sem falar em corrupção, verdades e mentiras, gente perdida na vida – tudo desta vez regado àquela safadeza que só o Alan Ball consegue passar.

Dilíça.

(Entre vampiros safos e advogados marotos, um grupo saiu humilhado né. Peguei pesado na comparação.)

sábado, 12 de junho de 2010

Eu, de novo

Ego pride!

Mais um blog no universo. Ninguém merece.

Fecha essa janela e vá fazer algo útil!