segunda-feira, 19 de julho de 2010

Pretty Little Liars – 1x01 (ou: worst pilot ever)

Eu não queria voltar aqui para falar de séries diretaço, já que desde o início eu queria que este fosse um blog bem randômico. Mas não dá, gente.

Tenham noção que são 4 da manhã agora, hora que começo esse post, e eu tive que vir aqui, pois acabei de assistir o piloto dessa série (que por algum estranhíssimo motivo) anda fazendo certo sucesso: Pretty Little Liars.

PRETTYLITTLELIARS

Quando me contaram sobre o que era, considerei o plot bobinho-legalzinho. Levei em conta que é uma série da ABC Family, e já me imaginei assistindo um Kyle XY da vida (ou seja, uma série monguinha para adolescentes puritanos). Teoricamente já tenho uma série desse tipo na minha watchlist, a mongamente simpática Merlin, mas eu nem tenho tanta série pra assistir (magina), qual seria o problema né mes?

Ô, quanto problema. Eu nem ia comentar essa série, juro, mas foram tantos furos ao longo do episódio que não me contive em pegar o bloquinho e anotar os piores tópicos. Se quiser saber, só ler abaixo. Qualquer coisa, pula pro parágrafo que começa com o “enfim” de toda vida.

1) Suspense.
PAI_POST
Quando me contaram o plot, disseram: “envolve o assassinato de uma de cinco amigas que compartilham os mais variados segredos”. Achei interessante… e, no meu pobre cérebro, assassinato indesvendável e muitos segredos é sinônimo de suspense. Mas alguém esqueceu de avisar aos roteiristas da relação entre essas coisas.

Só para dar um exemplo, vejamos o pai da protagonista. Logo no início já jogam na nossa cara que ele teve um caso e a filha sabe. E ficam insistindo nisso ao longo do episódio, como se toda a audiência fosse burra e não tivesse entendido no primeiro momento. São falas cheias de insinuações, papai escorregando no discurso com a mamãe, protagonista meio “de cara”, até rolar um FLASHBACK mostrando a cena. Poxa vida, acho que todo mundo entendeu na PRIMEIRA fala.

Desse jeito não vai sobrar nenhuma ponta no roteiro para os outros episódios.

2) Personagens inconstantes.
PERSONAGENS_POST
Nada me irrita mais que a vida, em qualquer narrativa que seja, do que personagens mal trabalhados. E aqui parece que todos sofrem deste mal.

A protagonista é uma pretty little biatche, já que agarra o primeiro estranho que deu mole no bar – e logo no primeiro dia de volta de uma loonga viagem. Mas ela é boazinha e não tem mais nenhum segredo. Oi?

A amiga super certinha na realidade é uma traidora constante de sua irmã cretina. Espera, isso até pode ser, mas a maneira como foi trabalhado – a atuação, a construção da personagem – transformam a coitada em uma esquizofrênica: em um momento, toda certinha, trabalhadora e honesta; em outro, vestindo seu biquiní fatal, tenta agarrar todos os namorados da irmã. Gente, qual a motivação? Não pode ser só por causa da cretinisse da irmã. Até porque, ela não parecia ser tanto antes de se mudar com o namorado para o tal celeiro. Cmofas?

E, o último exemplo, a mãe da ladra cleptomaníaca: em um momento, toda “somos nós duas, seu pai me abandonou e somos só mãe e filha, faço tudo para você”. Em outro momento, outra pretty little biatche que chega sendo comida pela homarada em casa, sem nem perceber que a filhota está deprê pela amiga morta. Ohmy.



3) Pedofilia??  
PEDOFILO_POST
É sério que aquele professor no bar achou que aquela garotinha com cara de fralda era DIMAIOR??

Tá mais que na cara que a menina era infante, visto que estava no bar às 4h da tarde e pediu um cheesburguer pro tiozinho no balcão. E ele? O que fazia no bar a essa hora já enchendo a cara de caipiroskas? Pedófilo e bebum?

4) A fã de Beyoncé: WTF!?
BEYONCE_POST

Olha. Essa aqui é tão inconstante que mereceu um tópico inteiro.

Primeiro: fã de Beyoncé. Sem mais.

Segundo: Em um momento, ela pega a medalha que está em cima de uma caixa jogada na rua, no lixo, e mergulha na saudade pela amiga morta/desaparecida. No segundo momento, está curtindo um baseado com a estranha que jogou aquelas memórias na rua. Oi?

Terceiro: Não basta ser amiguinha da mais nova estranha do bairro, já tem que rolar beijo. Como assim? Mas é lésbica? E a estranha tem namorado, comofas? Tudo bem ser BI, mas alguém podia ter colocado essa informação em pauta antes dessa cena né.

5) Clichê.
Famílias de mudança. Sem mais.

6) Melhor polícia X Pior polícia.
CADEIA_POST 
Então, tudo bem. Temos duas cleptomaníacas no grupo, que curtem enganar os PIORES seguranças de lojas caras para ter óculos Prada e cachecóis sem graça. Só aqui já tem um absurdo.

Mas, agora… um detetive da polícia bater na casa da menina altas horas da noite só por causa de um óculos… Tudo bem ser um Prada de $350, mas foi eficiente demais hein?

Do outro lado, uma menina desaparecida que demora 1 ano para ser encontrada por acaso nas escavações de uma obra. Jura?

7) A pior cidade do mundo.
Não foi uma, nem duas vezes que ouvi isso neste episódio: todos os personagens parecem discontentes em morar em Redwood -  a pior cidade pequena do universo!

Poxa vida, todos parecem ter uma boa grana, qual o problema em se mudar? E pelo menos, para a protagonista, nem é difícil – já que passar as férias na Islândia não parece o mais modesto dos passeios. Aliás, minha legenda estava errada e eu não prestei atenção, mas ela ficou UM ANO fora? Como pode? Ela não teria perdido um ano escolar? Estaria uma turma atrasada, e as amigas? Ih.

 

Enfim, seja por todos estes tópicos ou a vergonha alheia pelo final (a mensagem de Allison e o detetive em busca da verdade), ainda procuro o motivo da série fazer esse sucesso. Ela é fraca demais em plot, e não tem as melhores personagens.. qual é então?

Seria o FRACO suspense de quem estaria mandando as mensagens para elas? Mas olha, eu que sou ruim disso já sei que foi a tal Jenna, a cega que até em flashback apareceu… (só pode ser ela, né). Se não for ela, a resposta será pior que tudo isso junto.

Que droga. Terei que ver mais episódios pra descobrir.

Sérião. Queria entender essa juventude, mas assim fica difícil.

 

(E eu prometo: o próximo post não vai demorar um mês, não será tão longo e não será sobre séries. Bora empolgar e acreditar, a fé move montanhas!)