sexta-feira, 8 de julho de 2011

PORRA COMO EU ESCREVIA BEM EM 2005

Sério, sinto que eu agora virei uma merda sem tamanho.
Preciso voltar a escrever desse jeito, gente, sério.



Eu já pensei em muita coisa para se escrever a respeito.

Do momento em que senti meu chão indo para longe de mim, ou do momento em que todos meus planos e ideais foram jogados pela janela, ou do instante em que minhas estruturas rígidas e bem cimentadas começaram a ruir.

Eu tive o ímpeto de encher isso de palavrões, frases de efeito, talvez palavras subjetivas. Do primeiro dia até aqui, eu pensei e muito. Observei, calculei, planejei. E sempre com os olhos para um texto que representasse tudo o que eu sentia, ou o que eu queria mostrar que sentia, ou algo para camuflar todo o sentimento.

Medo. Agonia. Ranger de dentes... desesperança, infelicidade. Medo. É tanta coisa que ronda esses sentimentos que, depois de tanto pensar, eu vi que não havia por onde começar. Foram tantos baques em minha direção, e eu, como uma joana boba, ia voltando. Voltando. Voltando. Sempre voltando, com aquela ínfima e desprezível sementinha de esperança.

Não sou burra, analisei hipóteses. Eu? Eles? O mundo? Não sei. Não tenho forças para pensar. Pensei demais... as forças vão se esvairindo, lentamente, como uma tortura infinita. Mas, ora, não é isso que vai me vencer. E brota aquela ínfima e desprezível semente, e dela todo o meu mal floresce, e assim eu fico neste estado deplorável.

Eu não sei o que dizer. Não sei se o chorar não foi um alerta vermelho do meu ser, ou se foi apenas uma reação boba de uma menina que não sabe nada da vida. Vontade de esmurrar mesas, de jogar as coisas no chão, encher isso de palavrões... depois, de frases de efeito, lições de vida... ou talvez apenas um amontoado de letrinhas que não signifiquem muito a um primeiro olhar.

Não sei o que houve comigo. Com tudo. Eu perdi o controle... o trem anda desgovernado, e eu sinto que se não pular, há um declive logo a frente e dele eu não escaparei.

A decisão, desta vez, foi racional. O emocional se rendeu. E isso deve ser levado em conta.

O que fazer agora, eu não sei. O que faz um joão bobo quando se firma no chão?

Perde seu objetivo? Transforma-se?

Tenho medo do que o tempo dirá. Mas entre o tempo, suas incógnitas, e todo o pânico...


Eu não sei...




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NÃO TO CERTA??
OLOCO.