quarta-feira, 16 de junho de 2010

“True Blood” e “Na Forma da Lei”

Duas séries com episódios UM esta semana chamaram a minha atençãozinha. Essas duas coisas praticamente opostas que estão no título me fizeram vir aqui fazer mais um post neste blog premeditadamente (?) falido.

Falemos primeiramente da mais virgenzinha, a que DEBUTOU nesta terça-feira em que o Brasil resolveu seguir meu palpite pro bolão fictício e quase perder da #PRK em 2 a 1: Na Forma da Lei.

garciacanastra
to gatz #NOT

Mano, uma série que consegue embarangar o Henri Castelli de terno não merece respeito. Não bastava a abertura ridícula, imitandinho séries americanas de “justiça”; a cena inicial, que teoriamente é o mote de toda a história – o assassinato do noivo da Ana Paula Arósio –, simplesmente é a coisa mais mal dirigida da história, com o roteiro mais fraco já visto e o timing de uma novela das 7 (opa Tempos Modernos! e o ibope?).

Se não fosse o suficiente, Luana Piovanni quer ser a Lara Croft versão delegada (tranças estão tão na moda assim?), os cenários são absurdamente irreais e tem o problema das câmeras. A Globo não entende que, em uma série, o setup de câmera (ou seja, a posição dela no cenário) não precisa seguir os mesmos das novelas – que por acaso são totalmente standard por serem práticos e rápidos. Não há ousadia nenhuma em enquadramentos, apenas o famoso câmera no tripé com lente telada e muito raramente uma fraca câmera na mão pra imitar Cidade de Deus.

E tudo isso regado ao sorrisinho maroto de Marcio Garcia.

REFLITÄÄÄOOMM

Pra salvar a semana do um, os vampiros safados voltaram com tudo na HBO. Esse episódio tem nome: Bad Blood.

Aliás, é incrível o que essa série consegue fazer. True Blood nunca falou somente de vampiros, monstrinhos e sexo. Sutilmente (ou nem tanto) falou muito de fanatismo, política e o preconceito em si. Pois ela cutuca a ferida não só no texto, subtexto e adjacentes: o modo de fazer é mais uma repetição (e mesmo assim pouca gente enxerga ou tem essa leitura).

Na primeira temporada, o sexo – as cenas explícitas no início mostravam porque o “V” era um líquido tão precioso para os viciados e como a libido é a arma fatal dos vampiros. Na segunda temporada, a hipocrisia do fanatismo religioso (as igrejas bem iluminadas, os pastores arrumadinhos) foi colocada diametralmente oposta à loucura fanática de Maryann (nas orgias noturnas e sujas nas florestas), mas tematicamente caminhavam de mãos dadas. Agora, com o preconceito, não há pudores em cenas homoeróticas e homens nus belamente fotografados. Alan Ball deve ter notado (assim como eu né gente) que só mulheres são fotografadas como deusas na história dessa humanidade. Os homens, pelo jeito, terão sua vez AFINAL.

ALELUIIIIAAAAAAAA #benzadeus

bunda
sem preconceito com bundas masculinas na tv! UHUL

Como deu pra notar, desta vez a pegada é o preconceito racial, seja branco com preto com vampiro com lobisomem com TRANSMORFO (oi?).

As dicas foram tão claras que deu nos nervos. Tara discutindo com Marlene sobre ser negra; Sam tendo um sonho homoerótico com Bill; homens chupando Bill inteirinho pelo “V”; Sookie tirando uma com Pam, a lésbica safada; muito corpo masculino nu e lobisomens preconceituosos pra cima do vampiro Bill no Mississipi. Tem dica maior que essa última? Um dos estados sulistas mais racistas na década de 40-50 (na real, até hoje)? Sem falar em corrupção, verdades e mentiras, gente perdida na vida – tudo desta vez regado àquela safadeza que só o Alan Ball consegue passar.

Dilíça.

(Entre vampiros safos e advogados marotos, um grupo saiu humilhado né. Peguei pesado na comparação.)

sábado, 12 de junho de 2010

Eu, de novo

Ego pride!

Mais um blog no universo. Ninguém merece.

Fecha essa janela e vá fazer algo útil!