quarta-feira, 20 de abril de 2011

O puxa-saquismo

puxa1

Uma coisa que eu sempre fui contra, nunca fiz e tenho ódio de quem faz é o famigerado puxa-saquismo. Aquele ser lambe-bolasbotas, que rasga seda, baba ovos, bajula em atitude quase servil. argh

Olha, desde sempre eu vi isso acontecer ao meu redor, e sempre fui categórica: se é alguém que eu conheço, eu reclamo no ato. Aponto e digo que feio! sem o menor medo de parecer chata ou intrometida. Não dá, gente! Porque nesse mundo do puxa-saquismo, está tudo absurdamente errado.

Por exemplo, o que leva uma pessoa comentar com quatro mensagens diferentes no status de uma pessoa no facebook adjetivos diferentes e absolutamente pedantes (Influência Dali... Bom mesmo... Surreal… Lissérgico!)? O que leva alguém divulgar o trabalho de outra pessoa como a maior revolução deste universo e a melhor coisa produzida neste milênio, sendo que esse trabalho não é essa coca-cola toda? Por que é que algumas pessoas sentem gosto em puxar-sacos para alguns, e aí o que me dá nos nervos, quando encontram algo bom mas que não é dessa gente só dizem “hum legal”?

Já é uma sacanagem errada impulsionar ego alheio quando não se é merecido. Mas ignorar quando a coisa pode ter algum valor? Ou então ter uma visão mais crítica, apontar aqueles pequenos defeitos que ao se comparar com o objeto do saco puxado mal é notável?

O problema é que minha aversão toda a essa coisa de bolas lambidas me deixou em maus lençóis hoje em dia. Parece que, principalmente nas duas áreas que eu amo (fotografia e cinema), o QI não é aquela coisa de somente conhecer a pessoa e ser indicada por ser conhecida (dã). Tem que rolar uma mão muito lubrificada de uma parte para se conseguir ir pra frente. E o pior, isso é disfarçado como “amizade”, uma coisa que eu nem vou comentar aqui senão vai looonge...

…Tá, só um pouquinho: do que eu falo é o tipo de “amizade” que as pessoas não sabem nada mais além de uma e da outra do que o interesse permite. Não rola ajuda mútua, não tem compaixão, não tem um tipo de entrega que pelo menos eu espero de uma amizade. É tudo baseado em aparências: as pessoas se encontram, se relacionam publicamente em cima de assuntos superficiais e do interesse e, de repente, começa a lambeção. E surge a “amizade”. Onde?

Mas, voltando pra mim. Como eu sempre aponto e critico quando a coisa vai pra esse lado, as pessoas começam a pegar raivinha de mim. Primeiro pelo óbvio: eu escancaro logo aquele joguinho que faria alguém ali dar uma alavancada. Segundo: as pessoas não acham isso errado e me colocam como um MONSTRO TERRÍVEL QUE VÊ A MALDADE EM TUDO. Terceiro, todo mundo ali sabe o quanto isso é bunda, mas ninguém gosta de enxergar isso ou que exponham. Daí me colocam no saquinho da pessoa ruim sem noção que mostra a verdade que ninguém quer vê.

Talvez seja mesmo, mas infelizmente eu tenho essa coisa bem “errada” dentro de mim que não me deixa ficar quieta, de seguir certas convenções sociais bestas e, olha, eu sei que isso que vem me derrubando. Mas não vou mudar não.

Mas a questão é que, além disso tudo, até hoje num houve um que puxou meu saco. Não opinou a meu favor. É gente que não quer saber do meu trabalho e até me boicota! Não que eu seja uma gênia, poxa, assumo que sou ruinzinha. Mas que tem gente pior que eu indo pra frente porque fez um network safado e errado… ah tem.

E fica nisso. Eu tentando correr pelas beiradas desse terrível “acordo social” lambe-botas e só me fodendo com isso.

Ah, queria me adaptar melhor nesse mundo, viu.

2 comentários:

Ka disse...

Não posso concordar mais, e você ve os puxa-saco indo pra frente sem o menor esforço só pq soube babar as bolas das pessoas certas. Vergonhaaa

Jairo disse...

Fantástico! Genial! Sublime! Dali? Sério agora: Legal a foto hahaha. E po, eu não tenho essa habilidade de puxar saco, eu sou mais de descrever o óbvio.